Primeiramente, gostaria de registrar algumas coisas legais anteriores ao show: eu, "Lord Cox" e Caio chegamos ao local do evento, onde encontramos alguns parceiros de Heavy Metal, no caso, Wellington do Guarujá e cia., às 19 horas, aproximadamente. Fomos a um bar, situado aos arredores, para tomar umas cervejas, umas bebidas de sabor açaí (eu e "Lord", hahaha, embora eu também tenha tomado cerveja) e comer umas pizzas. Mais tarde, juntou-se ao grupo o Ricardo.
Foram momentos bem divertidos ao lado deste pessoal, uma grande satisfação. Bebemos e comemos vendo um jogo válido pelo campeonato nacional de futebol entre Flamengo/RJ e Botafogo/RJ, onde aquele saiu vitorioso. Gritamos até mesmo pelos nomes de Zico, Garrincha, Túlio e Júnior, lendas do esporte, hahahahaha.
Depois, dirigimo-nos à entrada do Space Rock, que já tinha mais gente que uma hora antes. Encontramos, por lá, Clayton, Estevan, João "Fera", Zé, Fernando "Queixo", Fernandez, Fábio Brunelli etc., ou seja, a galera das antigas. Aconteceram papos e mais papos, até que resolvemos entrar.
Pois bem, o dia 19 de julho de 2009 foi um marco positivo e, ao mesmo tempo, negativo no Rock/Metal santista. Alguns diriam, ao ver o cartaz, que o marco positivo certamente seria a apresentação de Paul Di’Anno, o tão famoso vocalista do Iron Maiden nos álbuns auto-intitulado e Killers. Eu ao menos não me iludi com isto, pois tinha ciência de que tal artista está em baixa já há algum tempo.
Eu fui mesmo para presenciar o Abömydögs, banda daqui, da Baixada Santista, tocar um ótimo som, bem na linha Motörhead, sem frescuras. E foi como esperado: pôde-se apreciar um Heavy Metal/Rock n´ Roll de primeira qualidade, com muita pegada, riffs diretos e que grudam na cabeça, além de um vocal e uma bateria de quem sabe e gosta do que está fazendo, o que é mais importante.
É bom podermos ouvir e ver bandas que têm firmeza e garra, que fazem seu som por pura paixão, não por dinheiro, o que mais se vê por aí hoje em dia, infelizmente. O Abömydögs é formado por caras old school que demonstram felicidade ao ver a satisfação de um salão cheio de gente sedenta por boa música. Eles, assim como outras bandas daqui, merecem aplausos pelo serviço que prestam a nós, amantes do Rock. Muito obrigado!
Agora, quanto à segunda e terceira partes do show, não posso falar o mesmo. O que se viu, antes de mais nada, foi uma grande falta de respeito por parte dos demais músicos com os presentes. Estes tiveram de esperar mais de uma hora para a apresentação do Scelerata e, logo em seguida, do Di’Anno, com esta sendo sua banda de apoio.
O que eles esqueceram é que muita gente dali iria trabalhar cedinho no dia seguinte, tendo em vista que estávamos num domingo. Se não fossem os papos divertidos com os amigos presentes, eu teria ficado entediado.
Bom, depois de tanta demora do Scelerata, eu fiquei embasbacado, mas não pelos caras serem ótimos músicos, e sim por serem metidos a estrelinhas. São, ademais, uma banda daquelas que poderíamos chamar de “mamãe, quero ser Angra”, tamanha a falta de criatividade dos caras.
O que se viu foi a maior frescurada: a primeira delas foi do baterista, que parou de tocar no meio da primeira música por ter caído uns pratos do instrumento dele. Ele deveria ter visto o Paulinho tocar no show anterior, pois este não deu uma de fresco, mas continuou a tocar com muita vontade, com fome de música.
Para piorar: a banda parou junto com o responsável pelas baquetas!!! Pode-se dizer, portanto, que eles começaram uma apresentação do jeito que não se deve.
Pouco depois, precisaram, para agitar a galera, tocar uma cover do Metallica. Mais ao final da tortura sonora, o vocalista anunciou uma música, de nome Holy Fire, como se fosse o Detonator, do Massacration. E eu não estou exagerando! Parecia que ele iria cantar Metal is the Law!
Constatei, ao chegar em casa, entrando no metal-archives, que a banda não tem vocalista, ou seja, aquele era apenas um quebra-galho. Eu só não esperava que ele quebrasse tão mal assim! O bom desta compilação de bobagens foi que eu, Ricardo e Coxinha nos inspiramos a fazer uma dancinha exótica. Ri tanto que caíram lágrimas de meus olhos! HAHAHAHAHAHAHAHA!
Logo após a última música, entrou Paul Di’Anno, com o mesmo Scelerata como banda de apoio, conforme dito acima. Eu não esperava um monstro subindo ao palco, mas um cara mandando razoavelmente bem nos clássicos do Maiden, uma vez que não conheço seu trabalho fora da banda.
Acabei me dando mal ao pensar isto: o que vi foi um cara prepotente, cantando bem pouco para alguém que já fez parte de uma das bandas de maior sucesso do mundo. Ele não mais conseguia dar aqueles agudos de 28 anos atrás, o que é muito triste para quem curte Heavy Metal.
Ele, no meio do show, chegou a anunciar que se aposentará daqui a dois anos. A minha posição é de que ele o fará tarde, pois vive somente de passado, como o Romário, quando ficou protelando o fim da carreira.
Como se não bastasse, as músicas da Donzela de Ferro foram mal tocadas, principalmente pelo baterista, que parecia um lango-lango, tamanha a falta de pegada!
Decepcionado, eu, ainda que não estivesse a esperar algo soberbo, saí antes mesmo de ouvir a última música. Saí de lá com a sensação de ter visto subir no palco um ser humano desrespeitoso, prepotente e que vive de passado. Nestas horas, os integrantes do Iron Maiden devem rir de sua pessoa.
Saí ao menos satisfeito por me lembrar que o Iron Maiden tem como front man um indivíduo que não desrespeita seu público, além de cuidar de suas saúde e voz: Bruce Dickinson. Eu vi este cara em Interlagos e posso dizer que ele não é somente um ótimo vocalista, mas, também, uma figura carismática.
Moral da noite de 19 de julho de 2009: não devemos idolatrar um cara por causa de seu passado, mas somente pelo que faz atualmente. É necessário, outrossim, verificar se ele respeita quem o prestigia. Ontem não pude constatar isto no Paul Di’Anno, o que reforço com a notícia de que ele deixou os fãs esperando por 2 horas para dar autógrafos e tirar fotos.
Os únicos que cumpriram seu papel direitinho: Abömydögs. Parabéns a vocês!
por Rodrigo Black a.k.a. Helldrigö.
Foram momentos bem divertidos ao lado deste pessoal, uma grande satisfação. Bebemos e comemos vendo um jogo válido pelo campeonato nacional de futebol entre Flamengo/RJ e Botafogo/RJ, onde aquele saiu vitorioso. Gritamos até mesmo pelos nomes de Zico, Garrincha, Túlio e Júnior, lendas do esporte, hahahahaha.
Depois, dirigimo-nos à entrada do Space Rock, que já tinha mais gente que uma hora antes. Encontramos, por lá, Clayton, Estevan, João "Fera", Zé, Fernando "Queixo", Fernandez, Fábio Brunelli etc., ou seja, a galera das antigas. Aconteceram papos e mais papos, até que resolvemos entrar.
Pois bem, o dia 19 de julho de 2009 foi um marco positivo e, ao mesmo tempo, negativo no Rock/Metal santista. Alguns diriam, ao ver o cartaz, que o marco positivo certamente seria a apresentação de Paul Di’Anno, o tão famoso vocalista do Iron Maiden nos álbuns auto-intitulado e Killers. Eu ao menos não me iludi com isto, pois tinha ciência de que tal artista está em baixa já há algum tempo.
Eu fui mesmo para presenciar o Abömydögs, banda daqui, da Baixada Santista, tocar um ótimo som, bem na linha Motörhead, sem frescuras. E foi como esperado: pôde-se apreciar um Heavy Metal/Rock n´ Roll de primeira qualidade, com muita pegada, riffs diretos e que grudam na cabeça, além de um vocal e uma bateria de quem sabe e gosta do que está fazendo, o que é mais importante.
É bom podermos ouvir e ver bandas que têm firmeza e garra, que fazem seu som por pura paixão, não por dinheiro, o que mais se vê por aí hoje em dia, infelizmente. O Abömydögs é formado por caras old school que demonstram felicidade ao ver a satisfação de um salão cheio de gente sedenta por boa música. Eles, assim como outras bandas daqui, merecem aplausos pelo serviço que prestam a nós, amantes do Rock. Muito obrigado!
Agora, quanto à segunda e terceira partes do show, não posso falar o mesmo. O que se viu, antes de mais nada, foi uma grande falta de respeito por parte dos demais músicos com os presentes. Estes tiveram de esperar mais de uma hora para a apresentação do Scelerata e, logo em seguida, do Di’Anno, com esta sendo sua banda de apoio.
O que eles esqueceram é que muita gente dali iria trabalhar cedinho no dia seguinte, tendo em vista que estávamos num domingo. Se não fossem os papos divertidos com os amigos presentes, eu teria ficado entediado.
Bom, depois de tanta demora do Scelerata, eu fiquei embasbacado, mas não pelos caras serem ótimos músicos, e sim por serem metidos a estrelinhas. São, ademais, uma banda daquelas que poderíamos chamar de “mamãe, quero ser Angra”, tamanha a falta de criatividade dos caras.
O que se viu foi a maior frescurada: a primeira delas foi do baterista, que parou de tocar no meio da primeira música por ter caído uns pratos do instrumento dele. Ele deveria ter visto o Paulinho tocar no show anterior, pois este não deu uma de fresco, mas continuou a tocar com muita vontade, com fome de música.
Para piorar: a banda parou junto com o responsável pelas baquetas!!! Pode-se dizer, portanto, que eles começaram uma apresentação do jeito que não se deve.
Pouco depois, precisaram, para agitar a galera, tocar uma cover do Metallica. Mais ao final da tortura sonora, o vocalista anunciou uma música, de nome Holy Fire, como se fosse o Detonator, do Massacration. E eu não estou exagerando! Parecia que ele iria cantar Metal is the Law!
Constatei, ao chegar em casa, entrando no metal-archives, que a banda não tem vocalista, ou seja, aquele era apenas um quebra-galho. Eu só não esperava que ele quebrasse tão mal assim! O bom desta compilação de bobagens foi que eu, Ricardo e Coxinha nos inspiramos a fazer uma dancinha exótica. Ri tanto que caíram lágrimas de meus olhos! HAHAHAHAHAHAHAHA!
Logo após a última música, entrou Paul Di’Anno, com o mesmo Scelerata como banda de apoio, conforme dito acima. Eu não esperava um monstro subindo ao palco, mas um cara mandando razoavelmente bem nos clássicos do Maiden, uma vez que não conheço seu trabalho fora da banda.
Acabei me dando mal ao pensar isto: o que vi foi um cara prepotente, cantando bem pouco para alguém que já fez parte de uma das bandas de maior sucesso do mundo. Ele não mais conseguia dar aqueles agudos de 28 anos atrás, o que é muito triste para quem curte Heavy Metal.
Ele, no meio do show, chegou a anunciar que se aposentará daqui a dois anos. A minha posição é de que ele o fará tarde, pois vive somente de passado, como o Romário, quando ficou protelando o fim da carreira.
Como se não bastasse, as músicas da Donzela de Ferro foram mal tocadas, principalmente pelo baterista, que parecia um lango-lango, tamanha a falta de pegada!
Decepcionado, eu, ainda que não estivesse a esperar algo soberbo, saí antes mesmo de ouvir a última música. Saí de lá com a sensação de ter visto subir no palco um ser humano desrespeitoso, prepotente e que vive de passado. Nestas horas, os integrantes do Iron Maiden devem rir de sua pessoa.
Saí ao menos satisfeito por me lembrar que o Iron Maiden tem como front man um indivíduo que não desrespeita seu público, além de cuidar de suas saúde e voz: Bruce Dickinson. Eu vi este cara em Interlagos e posso dizer que ele não é somente um ótimo vocalista, mas, também, uma figura carismática.
Moral da noite de 19 de julho de 2009: não devemos idolatrar um cara por causa de seu passado, mas somente pelo que faz atualmente. É necessário, outrossim, verificar se ele respeita quem o prestigia. Ontem não pude constatar isto no Paul Di’Anno, o que reforço com a notícia de que ele deixou os fãs esperando por 2 horas para dar autógrafos e tirar fotos.
Os únicos que cumpriram seu papel direitinho: Abömydögs. Parabéns a vocês!
por Rodrigo Black a.k.a. Helldrigö.
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