domingo, 14 de setembro de 2008

Metallica - "Death Magnetic"


Talvez o melhor álbum do ano (só não dou certeza, pois o Motörhead também lançou um novo trabalho há quase um mês, estando eu dividido ao ouvi-lo). Alguns comentários afoitos foram feitos pela Internet antes mesmo de vazar o novo trampo da banda, como sendo a decepção do ano etc. Acontece que este pessoal se esqueceu que o produtor seria ninguém mais, ninguém menos que Rick Rubin, responsável pela produção de nomes como Slayer e Slipknot. O que esperar de algo do homem responsável pela produção de Reign in Blood, de 1986? Uma preciosidade, obviamente.

Alguns esperavam por um Saint Anger Vol.II, ou seja, um lixo sonoro, mas se desligaram do fato de o álbum lançado há 5 anos pela banda ter sido produzido por Bob Rock, que simplesmente destruiu o Metallica. O barbudo Rubin dá maior liberdade aos artistas com quem trabalha para que façam seu trabalho sem muito de sua influência, ao contrário de Bob Rock, que chegou até a descaracterizar a banda americana em Saint Anger. Dizem que Rubin aparece pouquíssimo ao estúdio, deixando fluir com naturalidade a criação das bandas com as quais trabalha, o que, no meu entender, permite que a essência do criador esteja em evidência, não a influência do produtor, como feito por Bob.

Agora vamos ao melhor do ano, segundo muitos, no Heavy Metal em geral: Death Magnetic. Eu afirmo sem medo que o álbum todo é maravilhoso, fazendo-me lembrar do Metallica de 20 anos atrás, inclusive com uma faixa muito parecida com Fade to Black em sua introdução, do álbum Ride the Lightning, de nome The Day That Never Comes, o que deixa qualquer fã da banda de James Hetfield, Kirk Hammett, Lars Ulrich e do bom baixista Robert Trujillo felicíssimos!

É complicado destacar faixas do recém-lançado filé, pois ele é estupendo de cabo a rabo, porém posso falar que as quatro primeiras faixas, That Was Just Your Life, The End of the Line, Broken, Beat and Scarred, e a já citada The Day That Never Comes, além de My Apocalypse são as minhas favoritas até agora.

Era disto que eles precisavam desde ...And Justice for All, ou desde Master of Puppets, pois aquele, na minha opinião, parece que tem a ausência de algo, o que, no caso, seria o baixo, que é muito BAIXO mesmo, embora as composições sejam de inquestionável qualidade. Quanto ao álbum auto-entitulado, também famoso pelo nome de Black Album, pela capa de cor negra e com os desenhos pouco perceptíveis (uma cobra e o logo da banda), foi um caso à parte, pois foi um trabalho muito mais comercial que os anteriores, o que não significa que não seja muito bom, demonstrando ser a banda muito versátil.

Agora estou no aguardo pela chegada do compact disc à Blaster, visto que é algo para se ter original de tão bom que é!

RODRIGO BLACK a.k.a. HELLDRIGÖ

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